Chikungunya. Uma palavra difícil de falar e escrever, mas impossível de esquecer.
Nos últimos anos, o aumento no número de casos de chikungunya, tornou essa doença viral muito conhecida. Mesmo sendo muito conhecida essa enfermidade não foi radicada, o brasileiro continua sofrendo com esse vírus.
Neste texto vamos falar de um jeito fácil e prático o que é a chikungunya, quais são os principais sintomas, algumas formas de tratamento e o mais importante, como evitar!
O que é Chikungunya?
A chikungunya é uma doença viral, transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. No Brasil, a circulação do vírus foi identificada pela primeira vez em 2014.
Essa doença, tem como principal complicação o surgimento de dor e inchaço nas articulações, que podem perdurar por até 3 meses.
Muitas pessoas, que são infectadas com o chikungunya, mas não apresentam qualquer sintoma. Ou seja: não dá para saber quem vai reagir bem ou mal ao vírus. Por isso, as medidas de prevenção, são tão importantes e valem para todos.
Quais são os principais sintomas da chikungunya?
Como comentamos no tópico anterior, nem todas as pessoas infectadas com o vírus apresentam sintomas. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 30% dos casos não chegam a desenvolver sintomas.
De modo geral, os sintomas aparecem de dois a 12 dias da picada do mosquito, período conhecido como incubação. Já os inchaços das articulações podem surgir até 60 dias depois do início dos primeiros sinais e sintomas. É fundamental estar atento!
É importante destacar, que depois de infectada, a pessoa fica imune pelo resto da vida.
Os sintomas da doença que surgem nas mulheres são manchas vermelhas no corpo, vômito, sangramentos e feridas na boca, enquanto que nos homens e nas pessoas com mais idade o mais comum é surgir dor e inchaço nas articulações e febre que pode se prolongar por vários dias.
Os principais sintomas da chikungunya são:
- Febre.
- Fortes dores nas juntas, em geral bilaterais (joelho esquerdo e direito, pulso direito e esquerdo, etc).
- Pele e olhos avermelhados.
- Dores pelo corpo.
- Dor de cabeça constante.
- Náuseas e vômitos
- Cansaço excessivo;
- Hipersensibilidade à luz;
- Calafrios;
- Vermelhidão nos olhos;
- Dor atrás dos olhos.
Já falamos um pouco sobre o período de duração da chikungunya. Vale destacar, que na na maioria das pessoas, os sintomas desaparecem após 12 dias, às vezes antes. Isso pode acontecer, quando é iniciado o tratamento adequado com repouso e medicamentos para aliviar os desconfortos.
Também existem casos em que alguns sintomas se manifestam por mais de 3 meses, caracterizando uma fase crônica da doença. Nesta fase, o sintoma mais comum é a persistência de dor nas articulações, mas também podem surgir outros sinais como:
- Queda de cabelo;
- Visão turva ou borrada
- Sensação de dormência em algumas regiões do corpo;
- Dificuldades de memória e de concentração;
- Fenômeno de Raynaud, caracterizado por mãos frias e pontas dos dedos brancas ou arroxeadas;
- Perturbações do sono;
- Depressão.
Essa fase crônica chega a durar até 6 anos, podendo ser necessário uso de medicamentos para tratar estes e outros sintomas. Também é importante sessões de fisioterapia para alívio da dor e melhora dos movimentos.
Como é feito o tratamento?
Ao identificar alguns dos sintomas listados acima, é muito importante procurar um médico para investigar as causas.
No caso da chikungunya, não existe vacina ou tratamento específico. A doença é tratada com medicação específica para os sintomas, como por exemplo remédio para a febre e as dores articulares.
Existem alguns remédios que não são recomendados, podendo causar até hemorragia. Por isso é fundamental que o paciente não se automedique e procure um médico.
Durante o tratamento é recomendado repouso absoluto ao paciente, que deve beber líquidos em abundância.
Como prevenir a chikungunya?
Como ainda não há uma vacina contra o vírus, o modo de evitar o alastramento da infecção é reduzir ou eliminar a presença do mosquito Aedes aegypti, que é o principal transmissor.
É fundamental, eliminar a água parada, ficando atento aos ambientes propícios para o desenvolvimento do mosquito. Isso pode ser feito da seguinte forma:
- Manter tampados reservatórios;
- Colocar areia em pratos embaixo de vasos de plantas;
- Limpar calhas;
- Não guardar garrafas, pneus ou qualquer outro recipiente em lugares sujeitos a juntar água;
- Evitar acumular.
Outra prática que pode ajudar é você instalar telas nas janelas impedir a entrada dos mosquitos. Mas é sempre importante lembrar que o criadouro deles pode estar justamente dentro de casa.
Também é uma atitude eficiente para afastar o Aedes aegypti, é passar repelente no corpo. Principalmente se você mora ou vai passar um tempo em locais com maior vegetação.
Evite usar repelentes e fórmulas caseiras. Prefira produtos industrializados feitos com substâncias reconhecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Leia sempre a embalagem, siga as instruções de uso e reaplicação.
Com bastante frequência são feitas campanhas relacionadas ao combate do mosquito Aedes aegypti. Mesmo assim, ainda existem inúmeros casos da doença surgindo. Precisamos estar atentos e em casa de identificar algum dos sintomas não demorar em procurar um médico.